À minha vida toda foi dita a mesma coisa
Durante vinte e um anos ouvi
Desde conselhos maternos à advinhação roma
Desde sonhos esquisitos a mapas astrais
"Cuidado com o mar"
"Cuidado com a água"
De fato nunca fui o melhor nadador
E também nunca gostei de ficar torrando sob o sol de um praia
Mas sempre preservei mesmo assim o mar como um "estranho íntimo"
Muito bem-vindo
Que dança de noite refletindo uma lua clara e calma
E trazendo consigo os melhores dos ventos
Senti isso há pouco mais de um ano em Recife
Senti isso agora nessa páscoa em Santa Catarina
O bom caminhar na praia sob um céu escuro
Mas um céu de luz
É tão gostoso o passar das ondas entre as canelas
Mais gostoso é a brutalidade da brisa que vem do oceano
Ta aí
Talvez seja bem isso
O que atrai não é a água, mas os ares
Deve assim existir o tal "lobo-do-mar"
Alguém que desde pequeno sempre foi tão afeito aos ares
Que quando criança brincava de girar em torno do eixo no jardim
Só pra sentir o vento frio
Ê, meus sete anos...
Já os vivi três vezes...
Sempre prezando uma tal liberdade
Que de tão livre se tornou tão difícil de entender
E só muito recentemente começou a tomar forma e conceito
Liberdade que apareceu não como a tolice de voar por voar sem rumo
Isso se faz pois, o Homem, que é hóspede em qualquer lugar
Já não bastasse sua condição de candeia ao vento
A liberdade que de tão livre te permite se recolher em si de vez em quando
E chega ao fim o primordial dos ciclos
O do Homem, os 21 anos, e a evolução do corpo
Chegam frente ao desafio de novas atividades
De novas e pequenas mãos a guiar
Frente ao risco bilateral de quebrar a mesma promessa
Frente à firmeza necessária de não cometer um mesmo erro
E arcar com seu preço
Dando as costas para o que está de um lado e de outro
Intensamente após um longo exílio, no qual às vezes pensou-se estar morto
Frente a futuro e a presente e seu amálgama aparente
Que surge decisivo ao coração quanto à cabeça
E por enquanto...
Que cada um esteja no seu lugar
Deve assim existir o tal "lobo-do-mar"
Alguém que desde pequeno sempre foi tão afeito aos ares
Que quando criança brincava de girar em torno do eixo no jardim
Só pra sentir o vento frio
Ê, meus sete anos...
Já os vivi três vezes...
Sempre prezando uma tal liberdade
Que de tão livre se tornou tão difícil de entender
E só muito recentemente começou a tomar forma e conceito
Liberdade que apareceu não como a tolice de voar por voar sem rumo
Isso se faz pois, o Homem, que é hóspede em qualquer lugar
Já não bastasse sua condição de candeia ao vento
A liberdade que de tão livre te permite se recolher em si de vez em quando
E chega ao fim o primordial dos ciclos
O do Homem, os 21 anos, e a evolução do corpo
Chegam frente ao desafio de novas atividades
De novas e pequenas mãos a guiar
Frente ao risco bilateral de quebrar a mesma promessa
Frente à firmeza necessária de não cometer um mesmo erro
E arcar com seu preço
Dando as costas para o que está de um lado e de outro
Intensamente após um longo exílio, no qual às vezes pensou-se estar morto
Frente a futuro e a presente e seu amálgama aparente
Que surge decisivo ao coração quanto à cabeça
E por enquanto...
Que cada um esteja no seu lugar
אלוהים יברך אותנו נכון